Feb
2009
O fracassado e o bem-sucedido
Cada dia acredito menos no acaso e no destino. Uma atitude atrai outra atitude, uma palavra faz outra, e, de feito em feito se constrói a história a ser contada. O que virá, como é, é sempre uma questão de como reagimos.
E fala-se que reação é uma atitude automática, aprendida e programada pelo corpo e pelo nosso subconsciente com o que pensamos e entendemos sobre o que tem fora.
E pensamos e entendemos com base em nossas reações? Ou em outros pensamentos e entendimentos?
Sem masturbação literária, mas cada vez mais acredito que tudo está em nossas mãos. Ser feliz ou frustado, ser próspero ou sempre dever, ter amigos ou viver isolado.
E a nossa vida se molda em nossas percepções, e estas guiadas por nossos valores, adquiridos por nossas decisões… e nós somos tão imbecilmente apegados a eles…
Um problema pode aparecer, posso me frustar ou pensar nele como uma oportunidade, um problema é uma fraqueza, uma brecha.
Posso ver que meu trabalho é desorganizado, que estou apaixonado por alguém que parece não dar abertura, que desejo uma viagem complicada, que meus projetos nao desenvolvem.
Mas o que pensar de tudo isso?
Posso pensar que o trabalho é frustante, devo esquecer meus sentimentos, deixar a viagem e os projetos de lado, são complicações que eu posso viver sem, posso arrumar algo mais simples.
Mas também posso pensar que a desorganização é uma brecha pra eu mostrar um método novo, posso aprender a respeitar o outro, pensando que tudo que ele precisa é tempo, ou talvez ele também espere um sinal de minha parte, posso planejar minha viagem, economizar e organizar minha vida pra isso, tomando como um desafio, posso reavaliar os projetos e aprender porque eles não desenvolveram, não errar neste ponto de novo.
E é isso que muda entre o pobre e o próspero, entre o bem-sucedido e o fracassado. Não são oportunidades, sorte ou destino. Foi transformar situações em problemas ou oportunidades.
E isso tudo eu chamo de jogar, para mim, a vida continua sendo um enorme jogo de xadrez.