Novo endereço.
Não é simples mudança de endereço, de serviço, de nome, de cara e de lugar.
Desta vez é um crescimento.
Confiram o novo endereço:
=)
À partir de agora este endereço não será mais atualizado.
O solstÃcio foi ontem, o inverno começou oficialmente ontem. Mas uma coisa que um amigo meu (Marcos Reis) falou uma vez me fez pensar: os solstÃcios e equinócios, se você pensar bem, não são o começo da estação, mas o meio dela: o solstÃcio de inverno é quando temos menos luz de sol, e então fica mais frio… mas se temos x horas de sol no solstÃcio de inverno, e nos equinócios temos x+y, porque o inverno não é o perÃodo em que temos x+y/2 até o outro x+y/2?
Acho que não fui muito claro, mas nem importa, esta data é importante pra mim, importantÃssima! É uma daquelas que eu fico esperando, contando os dias, e quando chegam fico eufórico. Eu vivo esperando pelo 15 de fevereiro, pelo 20 de março, pelo solstÃcio de inverno e por setembro inteiro! Cada uma destas datas guarda uma coisa especial pra mim… e esta guarda um espelho negro, um lago sem uma onda, uma forte tendência a introspecção. Mais ou menos nessa época eu passo por dias mudos, simplesmente mudos… e silenciosos, não gosto nem de ouvir.
O inverno é minha estação favorita, prefiro fazer tudo no inverno, nas outras épocas eu espero – no verão eu não existo.
Ia só citar o inverno… mas falei tanto.
Estou triste hoje, esta época me deixa confuso, época de arrumar a bagunça interna (do quarto inclusive). Tem sentimentos que eu tenho que à s vezes imagino como seria fácil viver sem… ou se eu simplesmente conseguisse vivê-los direito.
Enfim, estou ansioso pelo próximo mês: poderei dormir pelo menos oito horas por noite de novo. =)
E hoje eu acordei no meio da noite pensando que não estava sozinho, tinha alguém comigo num iFrame. Era só uma programação de quatro linhas e a pessoa estava em dois lugares ao mesmo tempo.
Mas iFrame também era o nome de uma camisa em formato de delta, que funcionava como asa delta também, e um ursinho de pelúcia vestia.
E indo pro trabalho o ônibus subiu o viaduto mas caiu pela sombra e começou a andar pela via de baixo.
Mais coisas aconteceram, mas eu não consigo lembrar: a minha memória, sim, consegue dormir.
Ok ok!
Eu vou ceder!
Vou começar a usar com mais ‘vontade’ meu Facebook.
Acabei de ler o artigo da Daniele comparando Orkut e Facebook… e de verdade, eu estou cansado do orkut, e o MySpace me assusta! Quem sabe o Facebook não me dê um alento…
Se quiser me adicionar, veja meu perfil aqui.
Hoje fiz um caminho diferente para voltar do trabalho, e ter chegado tão rápido, apesar de ter saÃdo quase no horário do rush, foi praticamente um milagre.
Cheguei em casa, tomei um café, liguei o computador e fui ver e-mails, notÃcias (pelo iGoogle, amo iGoogle) e achei uma falando do caos que São Paulo passou por esta tarde: manifestação, metrô quebrado, acidentes, recordes de congestionamentos…
Estava tudo parado, lotado, cheio de filas… mas eu passei por tudo isso, sentado e rápido.
O primeiro ônibus que passou no ponto ignorou meu sinal – sorte minha. Peguei o segundo, experimentando um novo caminho. Normalmente eu demoraria uma hora e meia pra chegar em casa, e passaria disso, pelo menos 50 min num ônibus lotado, em pé e cheio de gente suada, por causa do horário. Mas eu fui sentado, o ônibus estava quase vazio, e ‘ignorando’ congestionamentos, as linhas que eu peguei só passam em corredores.
A manifestação dos estudantes e professores da USP começou no MASP à s 16h… mais ou menos nesse horário eu estava passando ‘por baixo’, na Av. 9 de Julho, e dormindo.
Mas tem o viés que pra isso eu preciso pegar metrô – e eu passei pela Sé, na linha vermelha, sem nem desconfiar que a linha azul estava com problemas, naquela mesma estação! – e daà pagar mais.
Em São Paulo, chegar em casa inteiro e de bom humor, depois de atravessar a cidade, é sempre um milagre…
Era uma vassoura que não sabia dançar.
Ela vivia num teatro, ficava atrás da coxia ouvindo o balé, o sapateado e aplausos das platéias à noite. Só saÃa de lá para limpar a poeira, os confetes e os papéis brilhantes que caÃam durante o espetáculo.
Imaginava como seria lindo ver aquilo tudo acontecendo… a chuva de papéis coloridos, parecendo uma chuva de gotas brilhantes, as dançarinas desviando de cada uma delas, a música extenuante… E lamentava, e sentia uma dor profunda… não podia ver nada disso, não podia dançar com elas…
Era uma vassoura muito triste, detestava sua forma: achava que tinha cabelos horrÃveis, que era dura demais para a dança! Era uma vassoura de piaçava ainda, tão antiga… Não sabia, mas vivia num teatro simples, decadente, mas mesmo assim acreditava que ali no palco estavam as portas para o paraÃso.
Toda noite, logo que as últimas luzes se apagavam e o barulho da porta dos fundos se fechando era ouvido, como um despertador, ela emitia seu ruÃdo de vassoura triste. Tentava se mover, tentava dançar, mas sozinha era incapaz. Chorava toda noite, e rezava à s vassouras que viveram antes dela, rezava para que um dia pudesse ser diferente, pudesse dançar. Alguns dias ela praguejava, nunca soube de vassouras dançarinas, e por isso odiava ser o que era, odiava todas as vassouras.
Mas em outros dias lembrava-se que só viu vassouras quando era bem nova, quando ainda não tinha vindo ao teatro, e mal se lembrava desses dias tão distantes… era uma vassoura velha, sozinha, num teatro decadente.
Foi tanto tempo assim, dias tristes e sem esperança.
Uma nova menina começou seu espetáculo, ela era diferente das outras, era deslumbrada e desajeitada.
O novo espetáculo chamava-se A Bruxa do Carvalho, e precisavam de uma vassoura como esta de nossa história. A menina seria a bruxa.
No fim da dança os camponeses e camponesas perseguiam a bruxa próximo a um carvalho, e ela fugia, voando em sua vassoura, mas não sem antes mostrar os seus poderes chamando a vassoura que ficava escondida entre as folhas da árvore.
Ela caÃa no chão, com graça, como se fosse também uma bailarina, e dançava com a bruxa. Cordas no teto a ajudavam. Tudo era feito com tanta graça que nem parecia uma vassoura dura e chorona, ela parecia mesmo uma bailarina, se curvando conforme girava com velocidade.
Depois a vassoura levava a bruxa embora, observada pelo olhar assustado e aterrorizado dos camponeses. E o espetáculo fez tanto sucesso que a vassoura se tornou parte do elenco definitivo da casa, e outra vassoura foi comprada, a nossa não varria mais o palco. A bruxa fez seu sonho se realizar.
“Meu distúrbio, não diagnosticado pelos mais renomados especialistas, não aceito pelos filósofos e religiosos, torna insuportável a minha vida. Todos à minha volta temem a morte, eu temo o nascimento. Devo explicar a minha situação, porque não tenho amigos que saibam dela e pretendo terminar a minha vida de uma forma que me seja familiar […]