Tim festival

Domingo, três dias depois da lua cheia, meia-noite, ou, se desconsiderarmos o horário de verão, 23h.

A lua estava na posição que eu mais gosto, que me traz boas lembranças… Agora novas boas lembranças.

Eu estava no Tim Festival, São Paulo , e tinha acabado de ver a Björk. E preciso dizer, adorei o show, me diverti muito e gosto mais ainda dela. Foi o dinheiro mais bem gasto da minha vida. O show me fez bem, eu estou “com o rosto mais leve” falaram.

E, shame, foi o primeiro show grande que eu fui… eu falo isso num momento que me lembra as crianças do interior que nunca viram o mar, morando onde eu moro é comparável.

Mas fiquei bem chateado porque não tinha dinheiro pra comprar a camiseta da Björk e não pude tirar nenhuma foto.

Ela tocou muitas músicas do álbum novo, o Volta. Começou com Earth Intruders e terminou com Declare Independence, passando por Pagan Poetry (minha favorita), Wandelust e outras.

Estava lá com 10 meninas islandesas tocando instrumentos de sopro mais os eletrônicos.

Entrou com uma roupa que me lembrou um cogumelo, depois ficou com uma bata colorida, árco-íris. O palco enfeitado com bandeirinhas com animais… eu não sei se viajei muito, mas uma pequena parecia que tinha a árvore da vida da Cabala.

Mas agora eu gosto mais de Björk que nunca.

Os olhos que vêem as cores

Quando eu tentei fechar os olhos e não ver a poesia, tentei olhar o vaso de plantas como simplesmente uma coisa verde, tentei olhar as pimentas como meras bolinhas vermelhas… vôou um pequeno inseto pela porta, parecia uma minúscula fada branca, ela vinha de uma direção, para onde eu olhei – ouvi um ruído vindo de lá!

Aniversário

Aniversário chegando e eu aceito presentes. =)

Sugestão de presentes? Um All Star roxo 40 ou um destes livros:
Jonathan Strange & Mr. Norrell (inglês ou português)
American Gods (inglês)
Coleção Märchenmond (inglês ou português)
Harry Potter – o primeiro (inglês)
Artemis Fowl – o primeiro (inglês ou português)

Pode ser também algum CD ou DVD da Tori Amos ou Madonna.

Eu também aceito que as pessoas financeiramente menos abastadas me dêem bombons huahuahuuha
De avelã de preferência!

Esnobei,

Ãrvore do mundo

Fizeram um círculo de fogo
ao som de tambores e flautas
eles dançam
enquanto no centro a febre, o suor.

Poesia à mãe

Sangue e fogo,
sexo e poder,
medo, pudo, magia,
o coração de minha mãe devorou.

Eucaliptos

Existe um lugar que eu chamo de bosque, mas as pessoas costumam chamar simplesmente de ‘Os Eucaliptos’, ou o Zóca.

Existe ainda, hoje fisicamente, mas logo só existirá em lembrança. Por um tempo na lembrança de muita gente, mas logo a lembrança desvanece, e vai sobrar só no meu coração. Alguns detalhes, como a forma de algumas árvores, o desenho que o tronco de uma e outra formava, aquele rosto que uma delas parecia ter… isso tudo vai sobrar só aqui, e onde eu tocar.

Não são só os semelhantes que podem tocar o coração, não é por apenas pessoas que o coração desenvolve amor. A saudade não é presente apenas para pessoas… como não são o luto e morte.

Existe um bosque que logo viverá no mundo das lembranças. Mas o mundo das minhas lembranças é vizinho do mundo das fantasias alheias, o mundo das lembranças de quem cria, de quem escreve, é fonte do mundo das fantasias.

 

Aquela árvore que soube de seu assassinato decidiu entregar sua vida antes, abriu-se e começou a chorar lágrimas vermelhas e secas, e o céu não derrabou lágrima para lavar suas lágrimas secas…

 

Que no outro mundo elas sejam eternas. Que da lembrança se tornem fantasia e mito, que se tornem alimento e combustível para poesia e arte.

Possa seu sacrifício, sua morte, ser apenas uma passagem para os reinos imortais.



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13
Dec
2010

Daniel E.

“Meu distúrbio, não diagnosticado pelos mais renomados especialistas, não aceito pelos filósofos e religiosos, torna insuportável a minha vida. Todos à minha volta temem a morte, eu temo o nascimento. Devo explicar a minha situação, porque não tenho amigos que saibam dela e pretendo terminar a minha vida de uma forma que me seja familiar […]

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