Histórias e arquétipos

E eu continuo lendo Jornada do Escritor, de Christopher Vogler. O livro me parece um guia pra vida tanto quanto é para roteiros… Mas vai de se acreditar que nossa vida também é uma história, e agora digo que somos heróis de nossas próprias histórias… e tenho certeza de não ser o primeiro a dizer, nem o último.

Vale lembrar daquelas dez lições que tiramos de contos de fadas, que a Jenny Blain listou, em um artigo.

Então aumentamos mais as lições: as estruturas de contos de fadas e mitos se repetem na nossa vida. E isso vem de Joseph Campbell.

O livro é muito inspirado nO Herói de Mil Faces de J.Campbell, que agora está na minha lista para leitura.

E eu também quero ler Jung, explorar mais o reino dos arquétipos, entender melhor como funcionam no Tarot e nos mitos. Existe mesmo um livro Jung e o Tarô, que entra na lista do que eu preciso comprar.

Pensar nisso tudo me lembra do romance fantástico Madru (tentem no link, mas é fácil achar em sebos), que tem 22 capítulos, cada um inspirado num dos arcanos maiores, é uma idéia bem interessante, e eu cheguei a usar, quando escrevi A Tília usando três cartas que tirei do tarot de arcanos maiores que vêm com o livro.

Texto legal

Olha um texto bem legal que a Nicole me passou.

Seja um escriba, guarde isso no coração,
Que seu nome se tornará como o deles.
melhor um livro do que um memorial de pedra,
Do que uma tumba fechada e sólida…..
O homem apodrece, seu corpo é pó,
Todos os seus pereceram;
Mas um livro o faz lembrado
Pela boca de quem o lê.
Melhor um livro que uma casa bem construída…

Reconstrução, mundos, heróis e vilões

Quando eu assistia InuYasha adorava ver o Naraku absorvendo os outros, se isolando em alguma caverna dentro daquele universo cheio de youkais e pessoas assustadas pra se “reordenar”, pra criar novos monstros com pedaços dele, se refazer.

Aquilo me encantava.

Porque eu acredito que somos assim.

Um momento de isolamento é sempre bom pra rever conceitos, reavaliar a influência que as pessoas têm sobre nós (até o quanto nos inspiramos nelas), recolocar sentimentos, prioridades, objetivos e até os medos.

Também acredito naquela história de que o corpo nunca fica doente sozinho, uma doença física atinge nossa disposição, nossa mente, nosso coração e nosso “espírito”, todos os nossos corpos. E vice-versa também.

E essa reorganização é vital, ter as coisas engasgadas, presas, acumuladas faz mal. É a mesma coisa que largar o quarto bagunçado e ir acumulando mais e mais até começar a mofar roupas que você nem lembra mais que tem, e ratos, baratas, insetos e outros tomam conta de tudo.

Naraku é o fundo do inferno, o mais profundo deles, em sânscrito. Eu acho que tanto o universo (ou a existência, porque já falam de multiverso, logo serão mais de um multiverso) como nós somos feitos de vários mundos. Todos nós temos o nosso fundo do inferno interior, temos nosso paraíso, nossa terra dos elfos, dos trolls, dos gigantes. E cada um desses mundos é um mundo, um mundo em todos os sentidos.

Daí eu acredito que somos só o que nos dispomos a ser.

Mas eu não desprezo os maus, os fracos, os corruptos. Eu escrevo e sei da importância deles pra uma boa história e sei que existe algo “humano” em qualquer monstro e eles morrem mais sozinhos do que qualquer herói.

Algumas coisas

Estou de férias do mundo, aproveitando a época antes do solstício pra repensar muita coisa.

Pra quem quer ver Sakuras, vá pro Ibirapuera, na margem do lago, perto do riacho do sapateiro, atrás do Pavilhão Japonês, elas começaram a florescer.

A Mesa-redonda? Eu não fui, problemas de última hora. Mas o Falando de Fantasia prometeu disponibilizar vídeos (e eu estou ansioso pra ver) e fez uma resenha.

Passei o dia dos namorados dormindo, depois de fazer uma endoscopia…

E ainda dá tempo de baixar o Firefox 3, pra colaborar pra entrar no Guinness como o software mais baixado em 24horas. Eu já baixei.

Falando em Guinness, sexta é o Internet Big Bang. Um bando de gente vai entrar neste endereço e outro recorde vai ser registrado: o maior número de visitantes simultâneos na página. Será que o servidor deles aguenta?

E o solstício é sexta, dia 20, 20h45.

Eu também não falei da Conferência de Wicca que eu fui. Wagner Périco e Lord A me surpreenderam e suas “palestras” foram marcantes. Eu falaria mais sobre mas não quero. E a conferência foi o primeiro passo da minha quebra de preconceitos pra esse lado do paganismo. Eu repito, foi super proveitoso e positivo.

Agora, ansioso pra Fantasticon.

E trabalhando junto com a Nicole na produção de um material de divulgação do livro dela An-Pu: o manuscrito de Wadjet.

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Mesa Redonda de Literatura Fantástica

Vejam aqui.

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Música nova de Sigur Rós

Repassando a informação do Omelete.

A banda disponibilizou a primeira faixa no novo disco, está no site oficial.

Já ouvi, parece que vai ser um álbum bem diferente dos outros.

Eu gostei.

E a capa do álbum são os quatro mocinhos correndo pelados (vejam a imagem no Omelete). =B

Twitter

Eu não posto mais desabafos porque posto no Twitter.

Eu não posto mais coisas divertidas e inusitas porque eu posto no Twitter.

Eu não posto mais coisinhas corriqueiras ou fofas porque eu posto no Twitter.

E twitter é tão legal… tem gente que anuncia emprego lá, tem gente que posta coisas legais que acha pela net, tem gente que posta sobre festas e eventos, tem gente que posta notícias, sobre o trânsito, coisas inúteis, coisas úteis.

E eu criei só pra descobrir quão inútil era, e a cada dia esse treco me surpreende mais.

Tem gente que cria APIs pra controlar cada coisa, já vi até um caso de lâmpadas de uma casa controladas pelo Twitter.

=B

Coloquei um widget do meu twitter, depois eu formato direitinho, agora só em texto mesmo…

E também coloquei links, mas ainda faltam alguns. Vou colocando.



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13
Dec
2010

Daniel E.

“Meu distúrbio, não diagnosticado pelos mais renomados especialistas, não aceito pelos filósofos e religiosos, torna insuportável a minha vida. Todos à minha volta temem a morte, eu temo o nascimento. Devo explicar a minha situação, porque não tenho amigos que saibam dela e pretendo terminar a minha vida de uma forma que me seja familiar […]

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