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12
May
2010

Fechamento do dia

Fim de dia, momento de pensar. Leio? Vejo algum filme? Procuro uma música nova? Durmo? E vem também o pensamento: “o que eu fiz hoje?”. E a ele segue outro, terrível: “e pelos meus sonhos e projetos?”

Este último, tenho certeza, já levou muita gente à loucura, talvez ao suicídio. A resposta é sempre insatisfatória. E tem gente que resolve não se perguntar mais, que não pensa mais nisso, que “amadurece” e vai trabalhar, esquece a poesia da vida (e chamem isso de imaginação, espiritualidade, amor, infância ou esperança, são como tentáculos do mesmo polvo, da mesma ideia).

Mas cá pensei: “não fiz nada, ou não notei nada do que fiz? E se não fiz, por que não? Eu deveria pensar nisso antes de começar qualquer coisa durante o dia. Se vou trabalhar é para conquistar algo, e se vou pegar o ônibus lotado é para chegar onde escolhi ir. E se algo foge disso não seria o ponto de trocar?”

Também tem a questão, é mesmo o meu sonho ou gosto de imaginá-lo porque meu sonho mesmo é sempre querer algo que não tenho?

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13
Dec
2010

Daniel E.

“Meu distúrbio, não diagnosticado pelos mais renomados especialistas, não aceito pelos filósofos e religiosos, torna insuportável a minha vida. Todos à minha volta temem a morte, eu temo o nascimento. Devo explicar a minha situação, porque não tenho amigos que saibam dela e pretendo terminar a minha vida de uma forma que me seja familiar […]

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